O eremita e a pandemia

Thays Bittar

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Meu avô, Silvério Carrião Neto, tem 87 anos, é brasileiro, viúvo, e como ele mesmo se intitula, um “Eremita da Montanha”. Há três anos, junto com a sua esposa, decidiu sair da cidade de São Paulo e morar em sua casa de campo no interior do estado, em Atibaia.
Pai de três filhos, avô de seis netos e bisavô de dois meninos, vivia sua vida de forma quase independente com a visita esporádica da família. Quando foi confirmada a pandemia do Covid-19 resolvi permanecer em sua casa para ajudar nas funções práticas, cuidados diários e o principal, fazer companhia.
Sua rotina é basicamente a seguinte: caminhada e Sudoku pela manhã, cochilada pela tarde e sua leitura no tablet, filmes de noite e videochamadas com a família quase sempre na hora do jantar.
Apesar de todas as dificuldades e fragilidades deste momento, tem sido muito bonito acompanhar o caminhar de uma pessoa que me ensina tanto, uma troca valiosa

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Thays Bittar
São Paulo – SP
Fotógrafa
@thaysbittar