Ao esvaziar a casa de seu pai, que faleceu em Abril de 2020, a fotógrafa encontrou uma caixa de cartões postais já conhecidos por ela mas que, até então, não chamavam sua atenção. Mergulhou nesse material de imagens supostamente “ideais’, e passou a construir novas paisagens através de recortes, encaixes, emendas em linha contínua, sem espaço ou tempo definidos. Elas são, a um tempo, viagens imaginárias ou sonhadas e também memórias fragmentárias e imprecisas, como costumam ser as memórias. Mais recentemente, passou a incorporar nesses espaços personagens de seus álbuns de família, levando-os para tempos e espaços não imaginados.