O projeto, iniciado em 2013, revela e explora a relação de mães e gestantes com seus corpos e com as mudanças emocionais trazidas pela maternidade. As fotos são feitas em colaborações com as participantes em sessões intensas e catárticas. As mães também contribuem com depoimentos em primeira pessoa sobre as marcas físicas e emocionais que afloram com a maternidade. O relato pode conter reflexões acerca da relação com o próprio corpo antes e depois do(s) filho(s), as lembranças do parto e do nascimento, a transformação visível e invisível vivida no corpo e na vida dessas mulheres. O projeto pretende revelar nas fotos e nas vozes quais são as marcas deixadas pela chegada dos filhos, o que cada mulher enxerga de marcante no processo de mudança que atravessaram, como sentem e como vestem a pele de mãe para sempre. O projeto Birth Marks- Marcas de Nascença é colaborativo, com participação ativa das mulheres fotografadas. Através dessas imagens e desses depoimentos, procuramos contar a historia verdadeira e ao mesmo subjetiva e cheia de ambiguidades do ser mãe. Além de trazer o corpo da mãe real, visceral e lindo. Nossas sessões são foto terapia, transformadoras com choro e risos. Valorizando um corpo, seja qual for sua forma e tamanho, cor ou aspecto, um corpo que carrega marcas de ter um dia gestado, alimentado, dado à luz e carregado um outro ser. Um corpo que mostra cicatrizes e sentimentos, estrias, dores, dobrinhas e emoções diversas. Este corpo quase invisível na mídia tão sedenta por perfeição. Embora o projeto Birth Marks- Marcas de Nascença não trate especificamente de Violência Obstétrica, transborda à flor da pele o que as pesquisas brasileiras revelam: pelo menos uma em cada quatro mulheres relata ter sofrido algum tipo de violência verbal, emocional ou física no momento do parto no país. Sendo assim, aparecem também no projeto as marcas e as vozes de mulheres que sofreram esse tipo de violência.